10/22/2007

Cartas, pensamentos, poesia

Penso que a poesia me distancia do mundo. Que o meio pensante me destrona a popularidade, que as idéias ficam sufocadas por não atingirem as massas. Sempre idealizei o conhecimento para todos, a arte para todos. Mas quem tem tempo de contemplar? Quem tem prazer em pensar? O tempo não existe mais, somente no imaginário dos poetas e dos filósofos tão escassos na atualidade. A correria urbana tomou nosso tempo, nossos ideais, nosso pensar. Sei lá! A Tensão do hoje esperando um amanhã urgente, nos faz delirar em compras frenéticas, em um consumo irrefreável, como se precisássemos compensar o "não sei bem o quê". Queria dividir o meu pensar, queria que o mundo aprendesse a comtemplar. Utopia? Talvez

Quem vem?

Passo o mundo, passo o fora, passo agora
Não estando embora
acostumada à espera. Vou assim que posso
aguardando a chegada
a tua chegada, a tua pegada
É assim agora. Vamos juntos, caminhar
cantar, gozar
Estranho curdo
Pássaro solto
Não espero nada. Nao quero nada
Vou a ti, vem a mim.
Não posso sonhar, quero passar,
cantar, gozar.
Qual é a musica? Qual é a túnica?
Quem vai? Que vem?

Inconfomidades

Um dia após o outro!
É com isso que vamos levando o peso das inconformidades.
O Vazio busca o peito, cobre de dor os buracos que vao se fazendo pelos caminhos.
Em vão vamos tentando fechá-los como se tampas fossem a salvação, tal qual os bueiros, que sem elas chegam à explosão.

O Mundo Parou

O mundo parou,
nao vejo mais nexo
as estradas lotam seus acostamentos
tudo pára
sem movimento
sem pavimento
a parede está torta
um buraco se fez
nao tenho mais lexo
o que vou escever, o que vou fazer?
parei no tempo
com o tempo
estamos sós
nós
também sem rumo
sem prumo
nao sei o que mais
perceço na imensidão das letras
sem tetas, sem peças, sem tramas
passo o fora, canto agora
não! jamais serei! jamais estarei
aqui, ali
sem ti
não posso. O mundo parou.
 
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