2/25/2007

miscelania momesca

... Foi um passarinho que passou em minha vida,
E meu coração se deixou levar!

Pula Pipoquinha

Pula, pula pula pipoquinha, vem trazendo ritmo ao samba
Atravessa a avenida e traz meu coração quicando pra cá.
Pula, pula, pula pipoquinha e deixa meu juizo descançar.
Pula, pula, pula pipoquinha pra ver se eu consigo pensar,
Na criança que já não sou e na adulta que nao quero ser.
Pula, pula pula pipoquinha e nos atesta esse limbo é a melhor coisa que existe. Que nos trás vida, alegria, suor e muito mais "presente".

2/22/2007

conecção

Estou frenética olhando o mar, buscando palavras que traduzam as letras que me vêm à cabeça. É muita informação, muitos adjetivos e pronomes pra acrescentar. Eu, meu, seu, nosso. Difícil efetuar a comunicação: emissor e receptor não se entendem. Tico e teco falam, brigam e discutem sem saber porquê. Cada um com seus porquês. Ombro, olhos ouvidos, corpo estão à mostra, disponíveis. Só vejo teclas frias e distantes: não tem olho, barriga, azia. Impossível a conecção.

ai ai ai...

Tá chegando a hora, ai ai ai...
carnaval acabou e a folia deu passagem para a saudade.
A escola chegou na avenida com fogos de artifício,
evoluiu, atravessou o samba, fez bonito nas alegorias.
A batucada acelera o coração. A fantasia faz sonhar.
Sou rainha, sou estrela. Hoje eu sou única.
É rápido, a eternidade passa em minutos.
Agora acabou a minha vez, tenho que assistir
como quem vê de longe. Querer mais?
Depois, se houver outro carnaval.

Sesse e Queresse

Sêsse e Querêsse são primas.
Moram na vila do vintém.
Se Sêsse querêsse viver bem,
Sêsse apenas seria.
Se Querêsse fosse sêsse,
não viveria querendo
uma história que não sêsse e não vivesse.
Queresse e Sesse trocaram de papéis:
se as duas queressem não seriam.
Se as duas sessem, viveriam.

escola "do" samba

As cinzas do dia de hoje, tornam-se cores nas fantasias que eternizam a avenida.
Não, o samba não pode morrer na ilusão.
Mas a realidade chega, temos que enterrá-lo. Se faz necessário
O Ano começa, as coisas acontecem;
Não consigo fazer do hoje as cinzas que deveria.
É preciso, não dá pra continuar assim.
A compulsão pela vida e a alegria dão lugar ao cansaço, à exaustão.
Desisto, a esperança deu lugar ao não.
Sim, pulei, brinquei intensamente com todas as alegorias
Fiz da festa momesca uma catarse
Fui toda, fui intensa, beirei à compulsão
Me acabei, chorei, brinquei, sambei.
Acabou, sim acabou.
Quem sabe no próximo minha escola seja a campeã!
Outros carnavais virão, serei a rainha da percussão.

sonho

Sonho.
A noite passa em turbilhão em minha mente.
você está presente mais que ausente na imensidão que não acaba.
Não sei o que fazer. Corro de ti, corro por ti.
Não, digo não. Você insiste em perceber o meu eu.
Fujo pra bem longe e você me vê. Quanta vulnerabilidade, quantas histórias.
Amanhã nao sei o que dizer, o que fazer.
Não me acho, não me escuto.
Ouço vozes que não me pertencem, mas teimam em dizer.
Faço rezas, ladainhas, medito em vão.
Voce chora, posso ouvir. Não age, sonha e imagina.
O tempo passa, há de haver uma solução.
Que seja o esquecimento
uma lembrança vaga da saudade.

2/12/2007

sêsse

Ai se eu sêsse um passarinho
e vivesse ali na árvore,
Num ninho
Talvez me queresse

Ai se eu sêsse um livro
aberto na página 103,
talvez eu te tivesse
com sede de chegar ao fim
num êxtase de mim

Ai se eu sêsse uma viola
estaria em tuas mãos
acariciada pela melodia
duma relação de propriedade
da tua existência

Ai se eu sêsse apenas eu
quereria-te ao meu lado
dormindo contente
no meu colo só.

Hoje

"Participar ativamente da história da minha vida é o que me possibilita fazer escolhas"
 
BlogBlogs.Com.Br